A vida tem uma história por dia. A história tem um zilhão de palavras por segundo.
Todos os dias são segunda feira. Todos os dias são contados pelas mesmas palavras.
Não importa se gastamos um tempo que não existe fazendo algo que não nos levará a nada.
Também não tem importância se o que alguém faça, possa mudar o curso do mundo.
O mundo é contado pela mesma história.
E todos já a conhecem.
O homem anda em circulo, como qualquer animal.
Ninguém tem uma vida diferente disso: nasce, cresce, pode contruir uma família ou viver sozinho ou compartilhar solidão pra depois morrer.
É um ciclo.
Como se alguém tivesse imposto isso: antes de completar um ano vc vai ter que aprender a andar (não se perguntam se queremos ou temos capacidade para fazer isso)
É a ordem natural das coisas, um dia vamos ter que falar. Se não conseguimos somos classificados de especiais.
Entende assim como todos os dias são iguais? Todos os dias temos que aprender algo que alguém já aprendeu.
Mas se inovamos tbm não importa, é algo que depois alguém tem que aprender.
Toda segunda podemos aprender algo novo, ou nada. Porque nada é novo.
É sempre segunda pq não há diferença entre um dia e outro se todos tem a mesma cor.
Somos ofuscados pela cegueira branca:
Vamos viver como manda a vida.
Ou como alguém disse que assim que se vive:
Em alguma segunda-feira vc vai ter que aprender a morrer, ou pode simplesmente viver muitas segundas sem experimentar isso. Mas um dia vc vai ter que deixar de existir.
Mas ninguém se importa: o convencionalismo anda de mãos dadas com o conformismo.
Tudo é normal, como a guerra que acabou ontem é parecida com a de amanhã.
Podem até mudar as armas, os castelos.
Mas como todas as outras guerras: algum lado tem que perder.
Alguém por ai deve se perguntar pelo que vale viver.
Só que o belo de viver a vida são os outros viventes.
Aqueles outros limitados que vemos toda segunda são os que nos fazem continuar aqui.
O amor é sempre uma coisa nova, uma aprendizagem diferente.
Ele algo acima da descrição das palavras.
Dizer “eu te amo” deve ter menos profundidade do que o ato em si.
Eis um desafio aos poetas.
-Fran
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