Abertura à mais nova categoria
27 março, 2008 por frannoya
Oras, um pouquinho mais de CULTURA nesse blog.
Pois é, estou abrindo aqui uma categoria que particularmente me orgulho muito.
E acreditem, está sendo muito difícil escrever esse post.
Ainda não demonstrei por aqui a minha paixão pela arte, embora tenha muitos rascunhos que nunca cheguei a postar, não posso deixar essa parte admiravelmente sensível da minha vida pessoal de fora desse espaço internetês.
sim, sou assumidamente amante da arte, mais ainda da pintura.
Acreditam que o primeiro livro que eu comprei foi “A história da arte para crianças”? Eu tinha oito anos e já estava perdidamente presa na teia sedutora das imagens. E também da história delas.
Nessa época eu comecei a cursar pintura e ler livros e mais livros sobre arte; Até que então já era… SOU UMA FÃ DESSA GRAÇA HUMANA!
E então como vítima dessa necessidade extremamente cultural de se expressar, eu me *derramo* na minha arte.
Não que ela seja uma coisa davinciniana, mas é preciso ser suficientemente culto para entender que toda arte é bela.
E então eu deixo um trecho de Oscar Wilde, do qual sou também uma grande fã, sabe nesse trecho, ele diZ TUDO!
“O artista é o criador de coisas belas.
Revelar a arte e ocultar o artista é a finalidade da arte.
O crítico é aquele que pode traduzir, de um modo diferente ou por um novo processo, a sua impressão das coisas belas.
A mais elevada, como a mais baixa, das formas de crítica é uma espécie de autobiografia.
Os que em encontram significações feias em coisas belas são corruptos sem ser encantadores. Isto é um defeito.
Os que encontram belas significações em coisas belas são cultos. Para estes há esperança.
Existem os eleitos, para os quais as coisas belas significam unicamente Beleza.
Um livro não é, de modo algum, moral ou imoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo.
A aversão do século XIX ao Realismo é a cólera de Calibã por ver seu rosto num espelho. A aversão do século XIX ao Romantismo é a cólera de Calibã por não ver o seu próprio num espelho.
A vida moral do homem faz parte do tema para o artista, as a moralidade da arte consiste no uso perfeito de um meio imperfeito.
O artista nada deseja provar. Até as coisas verdadeiras podem ser provadas.
Nenhum artista tem simpatias éticas. A simpatia ética num artista constitui um maneirismo de estilo imperdoável.
O artista jamais é mórbido. O artista tudo pode exprimir.
Pensamento e linguagem são para o artista instrumentos de uma arte.Vício e virtude são para o artista matérias para uma arte.
Do ponto de vista da forma, o modelo de todas as artes é a do músico. Do ponto de vista do sentimento, é a profissão do ator.
Toda arte é, ao mesmo tempo, superfície e símbolo.
Os que buscam sob a superfície fazem-no por seu próprio risco. Os que procuram decifrar o símbolo correm também seu próprio risco.
A divergência de opiniões sobre uma obra de arte indica que a obra é nova, complexa e vital.Quando os críticos divergem, o artista está de acordo consigo mesmo.
Podemos perdoar a um homem por haver feito uma coisa útil, contanto que não a admire. A única desculpa de haver feito uma coisa inútil é admirá-la intensamente.
Toda arte é completamente inútil.”
O Retrato de Dorian Gray – Oscar Wilde
E eu não preciso dizer mais nada aqui?
Wilde, vc foi o CARA!
ADIOS
Abram alas (?) para a nova e mais importante categoria do blog.
Parabéns e vamos postar coisas artísticas aqui, ok?!
Pois adeus!